quinta-feira, 14 de abril de 2022

Bicho Papão e a personificação da sombra


Boa dia, boa tarde, boa noite a todos...
Hoje convido o meu leitor a refletir sobre esse que é a mais famosa lenda de todas. A lenda do bicho papão. Não importar qual seja a cultura ao redor do globo...ele sempre está presente na forma de Deuses e entidades sendo muito mais do que uma história para assustar crianças.

Só que o que seria essa criatura se não a personificação do medo, da sombra, que toma o coração de todos nós meros mortais. Estudar o desenrolar da consciência e as várias formas em que a psique se transforma ao longo das experiências nos mostra que tal ser mítico é talvez uma alegoria a algo muito real.

Na magia gosto da ideia que as lendas e mitos escondem uma sabedoria perdida. Aprendemos que a melhor forma de derrotar tal criatura é lhe confrontando diretamente. A coragem é o seu calcanhar de Aquiles. Isso porque a mesma se alimenta de nossa insegurança, apatia e frustração diante das trevas de nosso ser.

O medo é uma ilusão projetada para nós manter dentro de uma zona idealizada de segurança. O que por si só não se mantém já que precisamos romper a bolha a todo momento para sobreviver.

O mago sabe que o verdadeiro bicho papão mora em seu coração. Ele é a força psíquica que mina sua vontade. A magia nos ensina a nos colocar diante do desafio do autodesenvolvimento e que só através da abnegação e da projeção consciente das sombras poderemos ter forças para subjugar elementos que nos cerca.

Por fim, não tem como ser um magista sem ser capaz de sentir seu bicho papão e digo mais...não há invocação e nem evocação seguras sem as características que ensinamos e aprendemos como nosso monstro interior. A questão aqui é só a força que damos a tal criatura e o quando ela nos influência. O mago deve manipular suas sombras e não ser manipulado por elas.


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